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terça-feira, 7 de maio de 2013

Anatomia

Os mamíferos possuem quatro tipos de dentes: incisivos, caninos, pré-molares e molares. Cada dente tem várias regiões associadas, como a coroa (porção exposta e visível), a coroa de reserva (porção que é guardada dentro do alvéolo dentário) e a raiz.
Os principais componentes dentário são: dentina, esmalte, cemento (os quais são mineralizados) e a polpa (a qual não é mineralizada), localizada na cavidade pulpar.



Os dentes dos equídeos possuem raiz curta por onde entra as artérias, veias e nervos. A proporção entre a raiz e a coroa muda com o processo de envelhecimento. Devido ao desgaste da coroa, ela fica mais curta e a raiz fica cada vez mais longa.
A dentina encontra-se abaixo da camada fina de esmalte e constitui a maior parte do dente. É constituída de 65% de minerais e 35% de matéria orgânica. É um tecido calcificado, mais duro que o osso, por conter maior teor de sais de cálcio.
O esmalte forma uma fina camada sobre a superfície dentária. Tem como característica por ser duro, denso, brilhante, permeável, translúcido e branco, e é composto por 95% de minerais e 5% de matéria orgânica. É a substância mais resistente do dente e do organismo. 
O cemento compõe grande parte da periferia do dente. É um tecido vivo, apenas na porção subgengival. O cemento conecta o dente ao alvéolo através dos ligamentos periodontais.
A polpa é uma coleção de tecidos macios incluindo vasos sanguíneos, nervos e tecidos conjuntivos. Preenche a cavidade e a câmara pulpar do dente. O tamanho da cavidade da polpa mudam ao longo da vida do cavalo, sendo muito maior no cavalo jovem e mínima no dente completamente maduro do cavalo idoso, com pouca coroa de reserva restante.
O periodonto é formado pelo cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar, e tem como principal função promover a fixação do dente. É avascular, formado por 55% de minerais e 45% de matéria orgânica e sua composição se assemelha ao osso.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Importância da odontologia

O estudo aprofundado da cavidade oral, em especial dos dentes e do tecido periodontal, assim como do processo de mastigação, tem grande importância nos cavalos devido à modificação na dieta e característica da alimentação ocasionada pela domesticação e confinamento.

Confinamento. Fonte: http://2.bp.blogspot.com

Pode-se afirmar que a maioria dos problemas relacionados à cavidade oral dos cavalos tem como causa, direta ou indiretamente, o homem.
Os humanos, ao restringirem o acesso livre às pastagens, acabam reduzindo as opções de escolha dos cavalos. A espécie equina é bastante seletiva na escolha dos alimentos graças ao lábios bastante móveis e sensíveis. Sem diferentes fontes de alimento, com diferentes consistências, as alterações do desgaste dentário surgem, assim como se altera a saúde do trato gastrintestinal e do estado nutricional do cavalo.
Alterações mais intensas do desgaste dentário acontecem pela restrição do tempo de mastigação. Quando em vida selvagem, o cavalo passa em torno de 60% de seu tempo pastando. Ao ser confinado em baias ou pequenos piquetes, este período é reduzido a 15% e diminui a quantidade de fibra da dieta com fornecimento de concentrado. Os dentes, próprios para resistirem ao atrito intensivo da trituração de fibras, sofrem menor desgaste e crescem exageradamente.
Outra mudança na alimentação é o fornecimento da dieta em cochos. A diferença com relação à altura entre o pastejo mais baixo e o consumo do alimento no cocho mais alto, modifica o atrito entre os dentes pela influência nos movimentos caudo-rostrais da mandíbula.
Em situações de sedentarismo pelo confinamento em baias, diversas estereotipias são apresentadas pelos animais. Muitas delas levam ao desgaste incorreto e excessivo dos dentes incisivos, principalmente a aerofagia ou tique de apoio.

Aerofagia. Fonte: http://www.mundoequestre.com.br

Origem da Odontologia

Em Medicina Veterinária a odontologia equina foi a primeira a ser praticada e a única até metade do século IXX. O primeiro registro data de 600 a.C., na China, onde se descreveu a estimativa da idade dos equinos pelos dentes incisivos.
OS dentes dos equinos começaram a ser avaliados quando o cavalo passou a ter valor comercial. Os chineses o faziam e esta prática permaneceu em diversas culturas
Simon de Atenas (424 a.C.) escreveu sobre a técnica de envelhecimento  de cavalos e erupção dos dentes em "Arte Veterinária e a Inspeção dos Dentes". Aristóteles (333 a. C.) tratou de doença periodontal nos cavalos em seu livro "A História dos Animais". Vegetius, durante o Império Romano, escreveu sobre a dentição, tumores da mandíbula e doenças dos dentes em seu manuscrito "A Arte Veterinária". Esse manuscrito foi traduzido para o alemão por Stainer, em 1532, como um dos primeiros textos de odontologia veterinária.

Fonte: http://www.tecnologiaetreinamento.com.br

Na Idade Média textos acerca da arte veterinária continuaram a surgir, principalmente na Ásia, enquanto na Europa os cavalos eram cada vez mais necessários para as batalhas e expansão geográfica de diferentes civilizações.
Na época do Renascimento, no século XVII, surgiram avanços em técnicas cirúrgicas, incluindo as odontológicas. Ruffus escreveu sobre os dentes dos equinos em seu livro "Medicina Equina" e Ruini também contribuiu acerca da anatomia dos cavalos no livro "Anatomia dos Cavalos" em 1618.
A primeira escola de veterinária foi criada em Lyon, França, em 1762. Nos séculos XVIII e XIX, textos sistematizavam a avaliação da idade de equinos através dos dentes. Já havia procedimentos cirúrgicos, incluindo a extração oral de dentes com técnica e instrumentos semelhantes aos disponíveis nos dias atuais.
Em 1889 foi publicado o primeiro livro de odontologia veterinária, abrangendo não só os cavalos, mas também outros animais de estimação.
Com os avanços tecnológicos e científicos das últimas décadas, associados à revalorização dos cavalos nas atividades equestres e de agronegócio, a "arte" passou a ser considerada uma "especialidade" médico-veterinária.

Fonte: http://www.temcavalos.com.br

terça-feira, 12 de março de 2013

Origem e evolução dos cavalos

Há relatos, por evidências de fósseis, que os cavalos existiam há mais de 55 milhões de anos. Esses ancestrais dos cavalos atuais, provavelmente se alimentavam de vegetação macia e rasteira. Seus dentes eram curtos (braquiodontes) como nos humanos e nos caninos, tinham a estatura em torno de 40cm, quatro dígitos e foram denominados Hyracotherium, depois passando pelo Mesohippus, Merychippus, Pliohippus, até o cavalo atual: Equus.

Fonte: http://thinklikeahorse.org

Acredita-se que o cavalo iniciou sua evolução no continente americano, distribuiu-se por todo o mundo e extinguiu-se, posteriormente, de seu local de origem.

Ancestral do cavalo. Fonte: http://www.avph.com.br


Mudanças climáticas alteraram o habitat. O cavalo evolui e se adaptou melhor ao pastejo. As mudanças incluíram dentes pré-molares e molares semelhantes e mais longos (hipsodentes), fortes e enfileirados, um crânio mais longo e mandíbula para acomodar melhor os dentes que crescem continuamente por anos (anelodontes). Porções específicas do intestino ganharam maiores proporções, como o ceco e o cólon, e favoreceram um ambiente para abrigar microrganismos responsáveis pela digestão da celulose.

Cavalo atual e o seu ancestral. Fonte: http://2.bp.blogspot.com

segunda-feira, 11 de março de 2013

Sejam bem vindos!

Sejam bem vindos ao blog OdontoEquina!

O objetivo dele é abordar temas sobre odontologia equina vinculados à saúde e bem-estar dos cavalos.