Confinamento. Fonte: http://2.bp.blogspot.com
Pode-se afirmar que a maioria dos problemas relacionados à cavidade oral dos cavalos tem como causa, direta ou indiretamente, o homem.
Os humanos, ao restringirem o acesso livre às pastagens, acabam reduzindo as opções de escolha dos cavalos. A espécie equina é bastante seletiva na escolha dos alimentos graças ao lábios bastante móveis e sensíveis. Sem diferentes fontes de alimento, com diferentes consistências, as alterações do desgaste dentário surgem, assim como se altera a saúde do trato gastrintestinal e do estado nutricional do cavalo.
Alterações mais intensas do desgaste dentário acontecem pela restrição do tempo de mastigação. Quando em vida selvagem, o cavalo passa em torno de 60% de seu tempo pastando. Ao ser confinado em baias ou pequenos piquetes, este período é reduzido a 15% e diminui a quantidade de fibra da dieta com fornecimento de concentrado. Os dentes, próprios para resistirem ao atrito intensivo da trituração de fibras, sofrem menor desgaste e crescem exageradamente.
Outra mudança na alimentação é o fornecimento da dieta em cochos. A diferença com relação à altura entre o pastejo mais baixo e o consumo do alimento no cocho mais alto, modifica o atrito entre os dentes pela influência nos movimentos caudo-rostrais da mandíbula.
Em situações de sedentarismo pelo confinamento em baias, diversas estereotipias são apresentadas pelos animais. Muitas delas levam ao desgaste incorreto e excessivo dos dentes incisivos, principalmente a aerofagia ou tique de apoio.
Aerofagia. Fonte: http://www.mundoequestre.com.br
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